“Entre o nascer e o morrer: o que esquecemos de viver?”

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10/6/20254 min read

“Entre o Nascer e o Morrer: o que Esquecemos de Viver?”

Já reparou como a vida parece vir com um roteiro pronto?
Nascer.
Crescer.
Estudar.
Trabalhar.
Pagar boletos.
E — se sobrar tempo — tentar ser feliz.

Mas e se o verdadeiro propósito não estiver nas vírgulas da rotina, e sim nas entrelinhas do existir?

A maioria de nós vive num piloto automático emocional, acreditando que o sentido da vida virá “lá na frente”, quando tivermos sucesso, estabilidade, ou paz. Só que a verdade é que a vida não acontece no destino — ela acontece na travessia.
E é justamente nesse caminho, cheio de desvios e pausas, que mora a resposta para a pergunta que move a humanidade desde o início:
👉 “Por que estamos aqui?”

O Olhar da Ciência: a busca pela coerência interna

A neurociência diz que o ser humano precisa de coerência para se sentir vivo.
Quando o que pensamos, sentimos e fazemos estão desalinhados, o cérebro entende que há “ameaça”. E é aí que vem o estresse, a ansiedade, o vazio.

O psicólogo Viktor Frankl, sobrevivente do Holocausto, dizia que “quem tem um porquê, suporta qualquer como”.
A ciência da psicologia positiva reforça isso: o sentido da vida não nasce do prazer, mas da contribuição.
Sentimo-nos plenos quando servimos algo maior do que nós mesmos.

Por isso, o primeiro ponto de atenção da jornada do autoconhecimento é:
O pilar do propósito.
Não é sobre “ter um propósito”, mas sobre viver com propósito.
Significa fazer do simples — uma arte. Do trabalho — uma oferenda. Do encontro — uma forma de presença.

O Olhar da Espiritualidade: a alma que escolheu experienciar

Sob a ótica espiritual, não viemos aqui apenas para “dar certo”, mas para lembrar quem somos.
A vida é uma escola vibracional.
Cada desafio é uma lição para o despertar da consciência.

Quando você sofre, não é castigo: é convite à expansão.
A dor é uma linguagem da alma dizendo: “algo em você quer evoluir”.
O sofrimento, quando acolhido, vira sabedoria.

A espiritualidade nos convida a sair da lógica do controle e entrar na lógica da confiança — a fé não como crença cega, mas como estado de presença.

E aqui surge o segundo ponto de atenção:
O pilar da fé interior.
Não é sobre religião, é sobre conexão.
Conexão com o invisível, com o silêncio, com o mistério que habita em cada um de nós.

O Equilíbrio entre os Pilares da Vida

Viver é um ato de equilíbrio constante.
Como um malabarista que sustenta mundos em movimento, também precisamos manter alinhados nossos quatro grandes pilares:

Pilar Descrição Sinal de desequilíbrio

Físico O corpo é o templo da experiência. Cuidar dele é honrar a vida. Cansaço crônico, doenças psicossomáticas, desconexão com o corpo.

Mental A mente cria a realidade que acreditamos. Domá-la é libertar-se. Pensamentos repetitivos, autoexigência, ansiedade.

Emocional As emoções são bússolas, não inimigas. Sentir é sobreviver. Repressão emocional, dependência afetiva, vazio.

Espiritual A dimensão que nos liga ao invisível. O sentido do todo. Falta de propósito, sensação de vazio existencial, apatia.

O equilíbrio não é constância — é consciência.
Você não precisa estar bem o tempo todo, mas precisa estar presente com o que sente, em vez de fugir.

O Chamado do Despertar

Existe um instante silencioso — entre o caos e o respiro — em que tudo se alinha.
É quando você percebe que não precisa de mais respostas, mas de mais presença.

O autoconhecimento não é um caminho linear. É uma espiral que te leva de volta a si mesmo, cada vez mais fundo.
Você descobre que o sentido da vida não é um ponto final, mas um ponto de retorno — o retorno para dentro.

O que a Ciência e a Espiritualidade concordam

Nos últimos anos, estudos da neuroplasticidade, da física quântica e da psicologia transpessoal têm se encontrado em um ponto comum:
👉 nossos pensamentos e emoções criam o ambiente interno que molda nossa realidade externa.

A física quântica já demonstrou que o observador interfere no resultado.
A psicologia diz que a percepção cria o comportamento.
A espiritualidade afirma que “como dentro, é fora”.

Todas as visões se unem em um mesmo princípio:
A vida muda quando você muda o olhar.

Quando o sentido se perde

O maior sofrimento humano não vem da dor em si, mas da ausência de significado.
É o vazio que nasce quando não sabemos por que acordamos de manhã.
É quando tudo parece “normal”, mas por dentro algo grita: “não é isso”.

E talvez o primeiro passo seja parar de correr atrás de um sentido e começar a criá-lo.
Afinal, a vida não é um enigma a ser resolvido — é uma arte a ser vivida.

Pontos de Atenção para uma Vida Inteira

  1. Pare de adiar a alegria.
    O momento certo para viver é agora.

  2. Desacelere o olhar.
    A pressa faz você perder os milagres sutis.

  3. Honre o corpo.
    Ele é o primeiro lar da alma.

  4. Questione suas verdades.
    O autoconhecimento começa quando você ousa duvidar.

  5. Silencie mais.
    No silêncio, o universo sussurra respostas.

  6. Abrace as sombras.
    São elas que iluminam o que você veio curar.

  7. Celebre a impermanência.
    Nada é eterno, e é justamente isso que torna tudo precioso.

Conclusão: A vida é o entremeio

Talvez o grande segredo não esteja no “porquê viver”, mas no como.
Entre o nascer e o morrer, há uma dança invisível — feita de escolhas, quedas, aprendizados e renascimentos.

A vida não quer ser entendida.
Ela quer ser sentida.

E o “algo mais” que você busca, talvez não esteja lá fora — mas nas entrelinhas do agora, onde o tempo se dissolve e a alma, enfim, respira.


E você, qual parte da sua vida está pedindo equilíbrio hoje?
Compartilhe nos comentários o que mais te tocou — e permita-se olhar a vida com um Novo Olhar.

Fabiana de Bom/ Novo Olhaar!

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